quarta-feira, 23 de abril de 2008

os portais da percepcäo ...

If the doors of perception were cleansed every thing would appear to man as it is, infinite.
William Blake, The Marriage of Heaven and Hell, 1793

Se as portas da percepcäo fossem limpas, cada coisa apareceria ao ser humano como ela é, infinita.
William Blake, O Casamento do Céu e do Inferno, 1793

"Quando reflicto sobre a minha experiencia, sou obrigado a concordar com o filósofo C.D. Broad em Cambrigde, "que seria aconselhavel, de considerar muito mais sériamente que até agora a teoria que Bergson colocou em relacäo à memória e às percepecoes do sentidos, nomeadamente que as funcöes do cérebro e do sistema nervoso trabalham eliminando e näo produzindo. Cada ser humano está em cada momento capacitado, de se recordar de tudo aquilo que alguma vez lhe aconteceu, e de perceber o que sucede em qualquer parte do universo. É a funcäo do cérebro e do sistema nervoso proteger-nos de ser subjogado e desconcertado desta quantia de saber maioritariamente desnecessitado e insignigicante, e cumprem o seu dever excluindo a maior parte das informacöes, que em cada momento captamos ou das quais nor recordariamos, e só deixar sobrar a selecäo minuscula e minuciosa, que provavelmente será util." Segundo tal teoria dispoe cada um de nós da maior conciencia possivel (no original: "... is potentially Mind at Large")."

Aldous Huxley, Os Portais da Percepcäo (The Doors of Perception), 1954

Nota:
Em Os Portais da Percepcäo, Aldous Huxleiy descreve as suas primeira experiencias com halucinogeneos, nomeadamente Mescalina e LSD (experiencias partilhadas näo no mesmo espaco, mas no mesmo tempo que Jean-Paul Sartre).
Divertidamente, memorizo Aldous Huxley näo o mentor freak dos anos 60 e da Flower Power, mas o autor de literatura para criancas (foi o que fez os carrinhos da Gulbenkian, as bibliotecas ambulantes), que lia durante a escola primária com 8 ou 9 anos.

The Doors - When the music´s over, 1967

Yeah, c'mon

When the music's over
When the music's over, yeah
When the music's over
Turn out the lights
Turn out the lights
Turn out the lights, yeah

For the music is your special friend
Dance on fire as it intends
Music is your only friend
Until the end
Until the end
Until the end

Cancel my subscription to the Resurrection
Send my credentials to the House of Detention
I got some friends inside

The face in the mirror won't stop
The girl inthe window won't drop
A feast of friends
"Alive!" she cried
Waitin' for me
Outside!

Before I sink into the big sleep
I want to hea, I want to hear
The scream of the butterfly

Come back, baby
Back into my arm
We're gettin' tired of hangin' around
Waitin' around with our heads to the ground

I hear a very gentle sound
Very near yet very far
Very soft, yeah, very clear
Come today, come today

What have they done to the earth?
What have they done to our fair sister?
Ravaged and plundered and ripped her and bit her
Stuck her with knives in the side of the dawn
And tied her with fences
And dragged her down

I hear a very gentle sound
With your ear down to the ground
We want the world and we want it...
We want the world and we want it...
Now
Now?
Now!

Persian night, babe
See the light, babe
Save us!
Jesus!
Save us!

So when the music's over
When the music's over, yeah
When the music's over
Turn out the lights
Turn out the lights
Turn out the lights

Well the music is your special friend
Dance on fire as it intends
Music is your only friend
Until the end
Until the end
Until the end!

Sim senhor, venha dái
Quando a musica termina
Apaga as luzes
Apaga as luzes, sim senhor

Porque a musica é o nosso amigo especial
Danca no fogo quando ela quer
Musica é o teu unico amigo
Até ao fim

Cancela a minha subscricäo na Ressureicäo
Envia as minhas credenciais para a Casa de Detencäo
Tenho alguns amigos por lá

A face no espelho näo parará
A moca na janela näo cairá
Um festim de amigos
"Vivos!" ela gritou
Esperando por mim
Lá fora

Antes de eu me afundar no grande sono
Quero ouvir
O gritar da borboleta

Vem, Baby
Regressa ao meu braco
Tamos ficando cansados de näo fazer nada
Esperando inertes com as nossas cabecas no solo

Escuto um som muito gentil
Muito proximo e ainda muito longe
Muito doce, sim senhor, e e muito claro
Vem hoje, vem hoje

Que fizeram à terra
Que fizeram à nossa linda irma
Devastada e expoliada e dilacerada e cortada
Cravada com navalhas do lado da aurora
E presa com vedacäo e tirada abaixo

Escuto um som muito gentil
Com o teu ouvido colado ao chäo
Queremos o mundo e queremo-lo...
Agora
Agora?
Agora!
Noite persa, querida
Ve a luz, babe
Salva-nos
Jesus
Salva-nos

Assim, quando a musica termina
Quando a musica termina, sim senhor
Quando a musica termina
Desliga as luzes

Bem, a musica é o teu amigo especial
Danca no fogo quando tenciona
Musica é o teu unico amigo
Até ao fim
Até ao fim

Materiais:

  • William Blake: The Marriage of Heaven and Hell, 1793
  • Henri Bergson: Essai sur les donées immediates de la conscience, 1888
  • Aldous Huxley: The doors of perception, 1954
  • The Doors: When the music´s over, 1967
  • Oliver Sacks: The Man Who Mistook His Wife For a Hat, 1990

Left labels:
Syn-ästhetics

Sem comentários: